quarta-feira, 19 de junho de 2013

A Importância dos Exames Genéticos - Farmacêuticos e Médicos Geneticistas

   Na área da saúde podemos citar várias áreas para a atuação do profissional farmacêutico especializado, dentre elas falaremos um pouco sobre a Genética.

  A Genética contemporânea é uma ciência que contempla uma série de atividades clínicas e de pesquisa, tanto em humanos como em animais e outros seres vivos, envolvendo a busca de informações preditivas para avaliação médica precoce de doenças, desenvolvimento e aplicação de novos diagnósticos, tratamentos e de prevenção de doenças (principalmente que possuam como característica principal a alteração de genes desses pacientes),  garantindo maior eficiência na assistência médica ao paciente, além de ser utilizada para a identificação do parentesco dos indivíduos (como os teste de paternidade e maternidade, compatibilidade genética para transplantes, entre outros), como também utilizada auxiliando na identificação de pessoas, sejam elas vítimas ou suspeitos, em crimes mais complexos como estupros, carbonização parcial de corpos e assassinatos.
 Mais recentemente, a Genética Médica tem atuado de forma relevante na orientação de indivíduos sadios submetidos a testes genéticos preditivos, descobrindo precocemente o surgimento de síndromes crônicas devido a alterações metabólicas e predisposições por conta da hereditariedade genética (herança familiar) - Ver também: EIM - Erros Inatos do Metabolismo. 


domingo, 16 de junho de 2013

A História da Farmácia no Brasil

     Na época da colonização do Brasil vieram junto com os primeiros colonizadores os  primeiros jesuítas, barbeiro-cirurgião e aprendiz-de-boticário que traziam consigo a caixa de botica (uma espécie de arca de madeira contendo frascos denominados de boticas com os medicamentos e outras substâncias).
        Ela também estava presente em todas as embarcações que atravessavam o Atlântico, nas entradas e bandeiras e expedições militares navais ou terrestres. Assim, aos poucos as lojas de boticas foram se estabelecendo nos vilarejos mais populosos, contudo sofriam com a concorrência das lojas dos barbeiros-cirurgiões.
      Contudo, a manipulação de medicamentos passou com o tempo a ser efetuada apenas pelas boticas. Os primeiros boticários eram pessoas de origem humilde, filhos de boticários, pedreiros, carpinteiros, alfaiates, etc. Apenas no século XVIII começaram a se estabelecer no Brasil os boticários devidamente preparados para a função.


Farmácia Histórica, no mesmo estilo que as primeiras boticas do Brasil.

      Em Portugal, o primeiro documento conhecido sobre a profissão data de 1449 e é um alvará do rei D. Afonso V liberando mestre Ananias e boticários árabes para exercerem a atividade. Embora tenha sido encontrado na Torre do Tombo, em Lisboa documento de 1799 que estipulava a criação da disciplina de farmácia em São Paulo, acredita-se que o curso especializado só tenha começado a ser lecionado com a chegada da Família Real ao Brasil no século seguinte.
     Os cursos de Farmácia brasileiros possuem carga horária mínima de 4.000h e devem ser autorizados e reconhecidos pelo Ministério de Educação (MEC).
Na legislação anterior, Resolução nº 04 de 11/04/1969, o farmacêutico possuía uma formação básica voltada à farmácia e três habilitações:
          Habilitação em Indústria: A qual a formação seria Farmacêutico Industrial.
          Habilitação em Bioquímica:
               Opção 1 - Alimentos: focada nas análises bromatológicas, formando o Farmacêutico-Bioquímico de Alimentos;
               Opção 2 - Análises Clínicas: direcionada às análises clínicas, formando o Farmacêutico-Bioquímico (Analista Clínico).
     O estudante de farmácia tinha a possibilidade de complementar o seu curso com todas as disciplinas das diferentes habilitações, podendo exercer as três modalidades de habilitação acrescidas à formação básica de farmacêutico. Contudo, com a Resolução n.º 02 da Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação (CNE) do Ministério da Educação, aprovada em 19 de fevereiro de 2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, cria-se a formação do “farmacêutico generalista”, incorporando à formação geral do farmacêutico todas as habilitações, não havendo mais a diferenciação entre farmacêutico simples, bioquímico e industrial. Portanto, não são mais autorizados a formação de estudantes em cursos que contenham as antigas habilitações em Farmácia-Bioquímica (modalidade em bioquímica e alimentos) e Farmácia Industrial, existindo somente a categoria de Farmacêutico Generalista. Os cursos que ainda mantém essa estrutura curricular estão sendo adaptados para o novo modelo, de acordo com as diretrizes curriculares do MEC, até que estejam completamente atualizados.

Leia também:
1. FILHO, Licurgo de Castro Santos. "História Geral da Medicina Brasileira". São Paulo: HUCITEC; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1977.

domingo, 9 de junho de 2013

CURIOSIDADES N° 1

Diferença entre Farmácia e Drogaria


   Algumas vezes nos deparamos com estabelecimentos com ambas as denominações, daí sempre surge a dúvida:
   Existe diferença entre Farmácia e Drogaria?
   Sim, existe uma pequena diferença nas denominações:
     Farmácia é o estabelecimento que possui um laboratório para preparação de fórmulas prescritas por profissionais capacitados (médicos, dentistas e veterinários) e também pode comercializar produtos industrializados.
    Já as Drogarias são os estabelecimentos que apenas comercializam medicamentos industrializados, não possuem nenhum laboratório para manipulação de fórmulas.

sábado, 8 de junho de 2013

Simbologia da Farmácia e da Medicina


    A cobra enrolada na taça é conhecida como o símbolo da farmácia, e tem origem na Antiguidade Grega, onde o mesmo ilustra o poder da cura (taça com sentido de força - ver também o "Santo Graal", e a cobra com energia mística que traria a cura ou o veneno, dependendo da dose).
   Nesta lenda grega é contado que cobra enrolou-se no cajado de Hipócrates e quando estava para picá-lo, ele olhou para a serpente e disse: “Se queres me fazer mal, de nada adiantará que me firas, pois tenho no corpo o antídoto contra tua peçonha. Se estás com fome, te alimentarei”. Então ele pegou a taça onde fazia misturas de ervas medicinais, colocou leite e ofereceu à serpente, e esta desceu do cajado, enrolou-se na taça e bebeu do leite. Desta forma criou-se o símbolo da medicina (a cobra envolvendo o cajado) e o símbolo da farmácia (a cobra envolvendo a taça).
   Contudo, existe outra lenda sobre a origem do símbolo de farmácia e da medicina, que está relacionada à morte de Esculápio (deus da saúde na mitologia greco-romana, também denominado como Asclépio) que fora fulminado por um raio lançado por Zeus como punição por ressuscitar mortos pelo poder das suas ervas (conhecimentos adquiridos com o centauro Quiron). Com a morte de Esculápio, a cobra enrolada em seu cajado, símbolo de seu poder sobre as doenças, foi adotada por sua filha Hígia, que passou a ser considerada a deusa responsável pela manutenção da saúde dos homens (continuidade das ações de seu pai ), e tendo o cálice com a cobra enrolada como símbolo de seu poder sobre as doenças.


O Olho de Hórus e a Farmácia

   O Olho de Hórus foi um dos amuletos mais comuns do antigo Egito. Assemelha-se a uma cabeça de falcão estilizada com seu olho. O Deus Hórus é o Deus do sol e do céu, estando associado com a regeneração, saúde e prosperidade. Também foi associado ao ocultismo e exoterismo. Este olho também recebe o nome de “udjat” ou “utchat, o que significa “olho sonoro”.
   Segundo a mitologia, Hórus era filho de Osíris e Isis, também era chamado de “Hórus, que legisla com os dois olhos”. Seu olho direito representava o sol e o olho esquerdo representava a lua. De acordo com a lenda, Hórus perdeu seu olho esquerdo durante um combate com seu tio malévolo, Seth, enquanto vingava a morte de seu pai. Seth arrancou o olho de Hórus, mas perdeu o combate porque o conselho dos deuses considerou Hórus vitorioso. O olho foi recolocado pelos poderes mágicos do deus Thoth. Hórus então ofereceu o olho a Osíris, que o fez renascer. Como amuleto, o Olho de Hórus pode ser encontrado em três diferentes variedades: só o olho esquerdo, só o olho direito ou ambos. O olho é construído em frações múltiplas de 1/64 avos, que fazia parte da mágica de Thoth. O Olho de Hórus é representado como um olho humano, caracterizado pelo estilo egípcio típico, que lembra a cabeça de um falcão.   
     O atual símbolo das farmácias e das prescrições, Rx, é derivado das três partes que compõem Olho de Hórus.
     No antigo Egito, o olho era usado durante os funerais, como um amuleto de proteção contra o mal e para garantir o renascimento na nova vida, decorando múmias, sarcófagos e tumbas. O Livro da Morte instrui que os olhos utilizados em amuletos devem ser feitos de uma pedra denominada “Lapis Lazuli” ou uma pedra denominada mak, incrustadas em ouro. Como adorno, pode ser feito de ouro, prata, lápis, madeira, porcelana ou coralina. Neste caso, o olho serve para garantir segurança, proteção saúde e dar a quem utiliza sabedoria e prosperidade. Também é denominado “o olho que tudo vê”.
      Contudo, o Olho de Hórus está associado ao símbolo Rx, que representa a farmácia moderna. A figura ao lado compara os dois símbolos, e como se vê, são muito parecidos, mas, é também uma espécie de régua, um instrumento de medida onde os antigos egípcios usavam em um sistema de frações baseado em caracteres distintos, por exemplo, 1/2 era um símbolo, 3/4 era outro, etc, mas tinham uma regra geral.        
    Em particular, as frações do tipo 1/2^n (que seriam tipo 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32…) tinham símbolos especiais, e associação desses símbolos, do 1/2 até o 1/64 é o olho de Hórus. Teoricamente existe um conceito matemático denominado série infinita, que basicamente é:

1/2 + 1/4 + 1/8 + 1/16 + 1/32 … = 1                     
Não se sabe se os egípcios acreditavam que a série terminava no 1/64 (talvez não conseguissem diferenciar frações menores que essa, mas a ideia seria que todos juntos formariam a unidade.          
    É interessante também que cada fração representaria um sentido, ou seja, a visão, o olfato, o paladar, o tato, a audição, e o sexto sentido, que seria o pensamento.


O que significa o símbolo da farmácia e da moderna prescrição, o Rx?
   Embora seja parecido com o termo Raios X, este símbolo não se aplica ao mesmo (é você pesava que era, né?!).
   Presente sempre no topo das prescrições, antecedendo a formulação, este símbolo tem várias explicações quanto ao seu significado. A explicação mais simples é que Rx é uma abreviação para a palavra latina recipere ou recipe, que significa “faça uso de”.
   Antes dos medicamentos industrializados, os apotecários ou doutores a época, podiam prescrever e vender uma formulação. Podiam misturar os diversos componentes para obter um medicamento ou remédio.
    Nos Estados Unidos, penas no início do século XIX é que ocorreu a diferenciação entre os apotecários, originando e os farmacêuticos e os médicos, tal qual os conhecemos.
   Na Europa, por exemplo, esta distinção já existia desde o século XIV, quando Frederico III separou oficialmente a farmácia da medicina.
    De acordo com a XIX Edição do Pharmaceutical Handbook, Rx significa “fiat mistura”, ou seja, preparar a mistura, manipular a mistura. Em algumas prescrições o Rx inicial é substituído pelo F.S.A (Fiat Secumdum Artem), ou faça-se segundo a arte.
    Inicialmente, o símbolo era representado com um R, cuja “perna” diagonal era cortada por um pequeno traço diagonal, formando um x.
   Esta representação nos leva a uma outra: o símbolo Rx não é, como geralmente se acredita, a abreviação de recipe, mas sim uma outra coisa: uma invocação ao deus Júpiter. Segundo o livro “Devils, Drugs and Doctors, de 1931″, o símbolo Rx é uma invocação ao deus Júpiter, para que auxilie na efetividade do tratamento. Em alguns manuscritos médicos antigos, o “R” é atribuído ao deus Júpiter, e o “Rx” (ou seja, um “R” com a perna cortada) é uma corruptela deste símbolo ancestral. Repare que o símbolo astrológico para o planeta Júpiter assemelha-se a um R cortado.

    Outra explicação possível é que o símbolo seja derivado o Olho de Hórus, como falado anteriormente.
    Já a palavra farmácia, criada na idade média, deriva do grego pharmakeia, que por sua vez deriva de pharmakón, que significa medicamento, veneno ou alimento.
   Existem ainda comentários de que a verdadeira história da farmácia começa na China (com o Pen-T-Sao ou Livro das Ervas) com a compilação mais famosa do Papiro de Ebers, datado de 1500 AC (provavelmente uma compilação dos Livros de Thoth, datado de 3000 AC).
   Nestes manuscritos egípcios, está grafado o termo Ph-ar-maki (que significa “o guardião da seguridade”), atribuído ao deus Thoth, patrono dos médicos, e que recolocou, por meio de sua magia, o Olho de Hórus novamente no lugar.
   Portanto, a Farmácia na Europa foi derivada da tradição grega, mas foi “contaminada” com influencias egípicias e asiáticas, além do árabe. Assim, o Olho de Hórus pode ser a maior influência no símbolo da prescrição farmacêutica atual, o Rx.

Pedra - No Brasil, o Conselho Federal de Farmácia, em sua Resolução de N°. 471 de 28 de fevereiro de 2008, estabelece o Topázio Imperial Amarelo como a pedra oficial da Farmácia.
Cruz grega verde - Em Portugal e alguns outros países, usa-se uma cruz grega verde para assinalar uma farmácia.

     

5ª Mostra de Profissões da UFRN

   Ocorreu nos dias 5, 6 e 7 de junho de 2013 a 5ª Mostra de Profissões da UFRN, evento realizado para incentivar os alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas na escolha do curso em que irão ingressar no ensino superior.

   Mais informações no site do evento:

   Assim como os demais cursos, o curso de Farmácia do Centro de Ciências da Saúde da UFRN também apresentou as principais características relacionadas ao curso e à profissão do Farmacêutico generalista.
   O vídeo abaixo mostra alguns dos principais laboratórios da Faculdade de Farmácia, que encontra-se em reforma e ainda haverão a inauguração de outros laboratórios.