domingo, 16 de junho de 2013

A História da Farmácia no Brasil

     Na época da colonização do Brasil vieram junto com os primeiros colonizadores os  primeiros jesuítas, barbeiro-cirurgião e aprendiz-de-boticário que traziam consigo a caixa de botica (uma espécie de arca de madeira contendo frascos denominados de boticas com os medicamentos e outras substâncias).
        Ela também estava presente em todas as embarcações que atravessavam o Atlântico, nas entradas e bandeiras e expedições militares navais ou terrestres. Assim, aos poucos as lojas de boticas foram se estabelecendo nos vilarejos mais populosos, contudo sofriam com a concorrência das lojas dos barbeiros-cirurgiões.
      Contudo, a manipulação de medicamentos passou com o tempo a ser efetuada apenas pelas boticas. Os primeiros boticários eram pessoas de origem humilde, filhos de boticários, pedreiros, carpinteiros, alfaiates, etc. Apenas no século XVIII começaram a se estabelecer no Brasil os boticários devidamente preparados para a função.


Farmácia Histórica, no mesmo estilo que as primeiras boticas do Brasil.

      Em Portugal, o primeiro documento conhecido sobre a profissão data de 1449 e é um alvará do rei D. Afonso V liberando mestre Ananias e boticários árabes para exercerem a atividade. Embora tenha sido encontrado na Torre do Tombo, em Lisboa documento de 1799 que estipulava a criação da disciplina de farmácia em São Paulo, acredita-se que o curso especializado só tenha começado a ser lecionado com a chegada da Família Real ao Brasil no século seguinte.
     Os cursos de Farmácia brasileiros possuem carga horária mínima de 4.000h e devem ser autorizados e reconhecidos pelo Ministério de Educação (MEC).
Na legislação anterior, Resolução nº 04 de 11/04/1969, o farmacêutico possuía uma formação básica voltada à farmácia e três habilitações:
          Habilitação em Indústria: A qual a formação seria Farmacêutico Industrial.
          Habilitação em Bioquímica:
               Opção 1 - Alimentos: focada nas análises bromatológicas, formando o Farmacêutico-Bioquímico de Alimentos;
               Opção 2 - Análises Clínicas: direcionada às análises clínicas, formando o Farmacêutico-Bioquímico (Analista Clínico).
     O estudante de farmácia tinha a possibilidade de complementar o seu curso com todas as disciplinas das diferentes habilitações, podendo exercer as três modalidades de habilitação acrescidas à formação básica de farmacêutico. Contudo, com a Resolução n.º 02 da Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação (CNE) do Ministério da Educação, aprovada em 19 de fevereiro de 2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, cria-se a formação do “farmacêutico generalista”, incorporando à formação geral do farmacêutico todas as habilitações, não havendo mais a diferenciação entre farmacêutico simples, bioquímico e industrial. Portanto, não são mais autorizados a formação de estudantes em cursos que contenham as antigas habilitações em Farmácia-Bioquímica (modalidade em bioquímica e alimentos) e Farmácia Industrial, existindo somente a categoria de Farmacêutico Generalista. Os cursos que ainda mantém essa estrutura curricular estão sendo adaptados para o novo modelo, de acordo com as diretrizes curriculares do MEC, até que estejam completamente atualizados.

Leia também:
1. FILHO, Licurgo de Castro Santos. "História Geral da Medicina Brasileira". São Paulo: HUCITEC; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1977.

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